As almas que estão no Purgatório
nada podem fazer por si mesmas e contam com nossa caridade para subirem ao Céu.
Muitos santos nos dão testemunho dessa verdade desde os primeiros tempos da
Igreja.
Santa Perpétua (início do Séc. III)
estava na prisão aguardando o dia de ser exposta às feras. Durante uma
fervorosa oração junto a seus companheiros de martírio, se lembrou de
Denócrato, seu irmão que havia morrido anos antes por um tumor na face.
Conta a santa que durante a noite
teve uma visão de seu irmão: “o vi sair
de um lugar tenebroso no qual se acham muitas pessoas. Estava abatido e pálido,
com a úlcera que o levou à sepultura. Tinha uma grande sede. Junto de mim estava
uma bacia com água, mas ele em vão tentava beber e não conseguia”.
Ela entendeu que a alma de seu
irmão estava sofrendo no Purgatório (embora ainda não se usasse esta palavra) e
que necessitava de oração. E foi o que ela fez; nos dias seguintes, ainda no
cárcere, rezou muito por sua purificação.
Continua: “Alguns dias depois tive
outra visão, na qual Denócrito me apareceu todo brando, brilhante e belo, e se
inclinou e bebeu à vontade a água que antes não pôde tirar”. Perpétua entendeu
assim que ele estava livre do suplício, ou seja, havia deixado o Purgatório e
entrado no Céu.
As almas auxiliadas por nossa
oração serão eternamente gratas e intercederão por nós na Glória Eterna.
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