Beato Pedro Ígneo e a prova de fogo

 

Um dos piores pecados que pode ser cometido é chamado de “simonia”. Consiste na compra de bens espirituais.

No início do século XI os Monges Beneditinos Valombrosanos, guiados por São João Gualberto, acusaram o bispo de ter comprado sua dignidade episcopal.

A luta foi ferrenha. Por fim decidiram comprovar as acusações através da “prova de fogo”.

O jovem monge Pedro, para mostrar que estava com a verdade, entrou numa fogueira e por milagre saiu ileso. Diante de tal espetáculo o bispo se arrependeu e confessou seu pecado. O monge ficou conhecido como Pedro Ígneo (algo como “de fogo”). Anos mais tarde ele mesmo foi ordenado bispo e chegou a ser cardeal da Igreja.

O Beato Pedro Ígneo mostrou que seu coração estava tão ardente de zelo pela Igreja, que o fogo físico não conseguiu fazer-lhe mal.

São Nicolau Owen

 

São Nicolau Owen (1550-1606) viveu na Inglaterra durante uma das várias perseguições anticatólicas que o país enfrentou.  Nascido numa família piedosa, tinha dois irmãos padres e um editor de livros católicos. Num primeiro momento se dedicou à profissão do pai: carpinteiro.

Com tal habilidade se especializou em construir esconderijos secretos (priest-holes) que salvaram as vidas de muitos padres e leigos durantes as perseguições.

Sua vida foi repleta de “aventuras”: Nicolau se tornou religioso jesuíta, foi preso e torturado várias vezes sem nunca delatar os companheiros católicos, foi traído por um conhecido, se disfarçou e se escondeu em vários lugares,  ajudou na fuga espetacular de um padre da famosa Torre de Londres... por fim foi preso novamente e brutalmente martirizado na mesa de torturas sob o reinado de Jaime I.

Os 40 Mártires de Sebaste

Eram 40 militares cristãos de uma Legião Romana que por volta do ano 320 foram obrigados a prestar culto aos falsos deuses pagãos. Como se recusaram, foram condenados à tortura e morte por frio num lago congelado em Sebaste, atualmente na Armênia.

Durante o martírio se animavam rezando: “Senhor, quarenta entramos na batalha; quarenta coroas vos pedimos”, entretanto um deles não resistiu à tentação de um banho quente colocado ali perto e apostatou da fé. Segundo alguns relatos ele acabou morrendo logo depois de sair da água. Ao mesmo tempo, um dos carrascos foi tocado pela graça e decidiu se juntar aos mártires, completando assim o número dos 40 e, possivelmente, sendo batizado na mesma água fria que lhe tirou a vida neste mundo e lhe deu a vida eterna.