Objetivo

"Flos Sanctorum" significa "Flor dos Santos". Era o nome de vários livros antiquíssimos que contavam a vida dos santos.
O objetivo deste blog é partilhar pequenos fatos sobre a vida dos santos, beatos, veneráveis, servos de Deus e outras testemunhas da Igreja Católica. Imitemos aqueles que imitaram a Cristo!


03/11/2021

Sobre a importância de conhecer a vida dos santos.



Conhecer as vidas dos santos é um costume que pode gerar muitos frutos em nossa vida espiritual. Grandes personalidades da Igreja se converteram ao tomarem contato com a vida virtuosa de algum Bem-Aventurado do Céu.  Trazemos aqui três exemplos:

 

Muitos sabem da conversão de Santo Agostinho e o caminho que seu “coração inquieto” trilhou até se tornar católico, porém poucos sabem que esta decisão só se concretizou mesmo durante a leitura da Vida de Santo Antão, escrita por Santo Atanásio. Só quando conheceu a vida do grande abade é que Agostinho se convenceu que poderia corresponder ao chamado de Deus em sua vida.

 

Santo Inácio de Loyola, apesar de ser católico, só deixou a vida mundana quando, ao se recuperar de um ferimento, e não tendo livros de cavalaria para ler, teve que se contentar em ler o Evangelho e os Flos Sanctorum (livros que inspiraram a criação desta página). Ao se deparar com tantos feitos heroicos realizados pelos santos, Inácio, que tinha um grande sentimento de magnanimidade, pensava: “se eles puderam fazer tais coisas, por que eu não poderia fazer também?”. Essa ideia trouxe grande paz ao seu coração de modo que a partir daí iniciou um verdadeiro processo de conversão.

 

A filósofa Santa Edith Stein era judia de nascimento, mas em certo momento de sua vida se declarava ateia. Numa noite de insônia foi até a biblioteca dos amigos onde estava hospedada e procurou um livro qualquer para ler. Durante toda a noite não conseguiu parar de ler o Livro da Vida, autobiografia de Santa Teresa D’Ávila. A leitura foi tão impactante que Edith mais tarde afirmou ter começado a ler como agnóstica e ter terminado o livro com a convicção de ser católica.  Anos depois, ao entrar para o Carmelo, a santa adotou o nome de Ir. Teresa Benedita da Cruz em homenagem àquela que mudou sua vida.

 

E você, qual exemplo de vida santa mais te impactou? Qual vida de santo ou beato você tem curiosidade de conhecer melhor? Deixe sua resposta aqui nos comentários!


Novos Beatos da Guerra Civil Espanhola



No último sábado, dia 30 de novembro de2021, foram beatificados mais quatro padres martirizados pelo furor anticatólico dos comunistas na Guerra Civil Espanhola, nos anos de 1930.

Os beatos Francisco Cástor Sojo López, Millán Garde Serrano, Manuel Galcera Videllet e Aquilino Pastor eram membros da Fraternidade dos Sacerdotes Operários Diocesanos e cumpriam o ofício de formadores dos seminários de Ciudad Real, León e Baeza. O postulador da causa afirmou que por causa desta missão não foram somente mártires, mas formadores de outros mártires, já que seus seminaristas guardaram para sempre esse testemunho de fidelidade.

Conta-se que estavam preparados para o martírio. Pe. Francisco Cástor sempre falava do martírio com grande serenidade e instava seus alunos a também darem a vida se a oportunidade surgisse.

Pe. Millán, durante sua prisão recebeu o apelido de “Cura Loco” (padre doido) por estar sempre feliz, sem se queixar e perdoando a seus torturadores.

Particularmente tocante foi o martírio de Pe. Aquilino, o mais jovem dos quatro, com apenas 25 anos. Caminhou sorrindo ao fuzilamento enquanto gritava já famoso brado: “Viva Cristo Rei!”. Isso ocorreu logo após completar o primeiro aniversário de ordenação sacerdotal.
 

02/11/2021

Um irmão no Purgatório



As almas que estão no Purgatório nada podem fazer por si mesmas e contam com nossa caridade para subirem ao Céu. Muitos santos nos dão testemunho dessa verdade desde os primeiros tempos da Igreja.

Santa Perpétua (início do Séc. III) estava na prisão aguardando o dia de ser exposta às feras. Durante uma fervorosa oração junto a seus companheiros de martírio, se lembrou de Denócrato, seu irmão que havia morrido anos antes por um tumor na face.

Conta a santa que durante a noite teve uma visão de seu irmão:  “o vi sair de um lugar tenebroso no qual se acham muitas pessoas. Estava abatido e pálido, com a úlcera que o levou à sepultura. Tinha uma grande sede. Junto de mim estava uma bacia com água, mas ele em vão tentava beber e não conseguia”.

Ela entendeu que a alma de seu irmão estava sofrendo no Purgatório (embora ainda não se usasse esta palavra) e que necessitava de oração. E foi o que ela fez; nos dias seguintes, ainda no cárcere, rezou muito por sua purificação.

Continua: “Alguns dias depois tive outra visão, na qual Denócrito me apareceu todo brando, brilhante e belo, e se inclinou e bebeu à vontade a água que antes não pôde tirar”. Perpétua entendeu assim que ele estava livre do suplício, ou seja, havia deixado o Purgatório e entrado no Céu.

As almas auxiliadas por nossa oração serão eternamente gratas e intercederão por nós na Glória Eterna. 


 

28/10/2021

SÃO JUDAS TADEU, O CAMELO E A AGULHA


A Bíblia nos traz poucas informações sobre a vida dos Apóstolos depois de Pentecostes, mas essa lacuna pode ser preenchida por alguns textos apócrifos. Obviamente, por se tratarem de apócrifos, não trazem a Verdade Revelada e, portanto ninguém é obrigado a crer em seus relatos, mas muitos deles são baseados em tradições orais e podem conter elementos históricos importantes.
Um desses textos nos traz um estupendo milagre realizado por São Judas Tadeu:
Um homem rico se aproximou do Apóstolo e lhe perguntou o que fazer para se salvar. São Judas o incitou a praticar os mandamentos, a seguir os ensinamentos de Cristo e a repartir seus bens aos pobres. Diferentemente do jovem do Evangelho que saiu triste ao escutar a mesma coisa de Nosso Senhor, este homem ficou de tal forma irado que se lançou ao pescoço do santo para enforcá-lo.
São Judas lhe citou o ensinamento do Mestre “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,24) e o homem esbravejou que isso não poderia ser “mais fácil” porque era de fato impossível.
Vendo que havia camelos da região, São Judas pediu uma agulha emprestada e rezou. No melhor estilo “Homem-Formiga” dos filmes da Marvel o camelo diminuiu de tamanho, passou por dentro do furo da agulha e cresceu novamente. Toda a multidão, incluindo o homem rico, começou a clamar “não há deus, a não ser o Deus de Tadeu, o Apóstolo” e foram batizados.
Este é um dos motivos pelos quais são Judas Tadeu é conhecido como o Santo das Causas Impossíveis. 
 

25/10/2021

Frei Galvão, o homem da paz e da caridade.


Santo Antônio de Santana Galvão, mais conhecido apenas como Frei Galvão, foi o primeiro santo nascido no Brasil a ser oficialmente canonizado pela Igreja. Assim é justo que iniciemos nossa série de postagens sobre os santos brasileiros por ele.
Nasceu em Guaratinguetá, interior de São Paulo, em 1739, numa família muito devota mas também muito influente na sociedade.
Tornou-se frade franciscano e foi ordenado sacerdote. Viveu a maior parta da sua vida em São Paulo, no convento do Largo de São Francisco.  Também nessa cidade fundou a sua maior obra, o Mosteiro da Luz para as monjas concepcionistas. Aliás, não só fundou como também trabalhou com suas próprias mãos na construção. É nesse lugar que se encontra seu túmulo até hoje.
Frei Galvão não tinha somente o dom da cura, pelo qual ficou muito conhecido, mas várias outras graças místicas também: o conhecimento dos corações e pensamentos, a levitação e até mesmo a bilocação. Ainda em vida sua fama de santidade havia se espalhado por todo o país.
Muito conhecidos são os milagres de suas “pílulas”. Em alguns casos onde não podia ir atender ao enfermo, escrevia uma pequena oração a Nossa Senhora em um papelzinho que mandava que fosse engolido como um remédio. Até hoje as irmãs do Mosteiro fabricam este pequeno sacramental em honra da Virgem e do santo Frei.
Falando em Nossa Senhora, ele era um grande devoto. Havia se consagrado totalmente a Ela, assumindo a condição de “escravo” de Maria, e havia feito um voto particular de defender sua concepção imaculada quando esta doutrina mariana ainda nem havia sido declarada dogma e havia confusão entre os teólogos.
Vale a pena conhecer mais profundamente a vida e milagres deste grande homem que deve encher de santo orgulho cada católico brasileiro.

 

23/10/2021

A noiva santa


 

Na Igreja temos inúmeros exemplos de mulheres santas: virgens consagradas, viúvas, casadas... Mas estamos prestes a ter a primeira noiva oficialmente beatificada. Amanhã (24/10/2021) ocorrerá a beatificação da jovem Sandra Sabattini.

Nascida em 1961 em uma família profundamente católica (chegou a morar na casa paroquial, onde seu tio era o padre), desde os 10 anos escrevia uma diário espiritual. Na adolescência passou a fazer parte da Comunidade Papa João XXIII, que tem por carisma o serviço aos “últimos da sociedade”.

Sandra conciliava uma vida de profunda oração com os estudos de medicina. Seu sonho, compartilhado pelo noivo, era o de tornar-se médica missionária na África entre os mais pobres.

Em 1984, quando ia a um encontro da Comunidade com seu noivo, sofreu um atropelamento que pôs fim à sua breve e intensa vida.

Que a nova beata inspire muitos corações jovens a se entregarem também a Cristo em uma vida de pureza e caridade!


22/10/2021

O Papa santo e os santos do Brasil


Em 1991, durante sua visita apostólica ao Brasil, e por ocasião da Beatificação de Madre Paulina, São João Paulo II proferiu essa frase tão importante para a Igreja em nossas terras: “O Brasil precisa de santos, de muitos santos”.

Esta afirmação, com força profética, não diz respeito somente às canonizações de santos “oficiais”, mas principalmente à vida de santidade que nós, católicos devemos ter em nosso dia-a-dia. Mas é inegável também que ela deu um novo impulso para as causas de canonização em nosso país.

Hoje temos 37 santos e 52 beatos que viveram sua santidade em nosso país (nem todos nasceram aqui) além de quase 120 processos de beatificação abertos e inumeráveis mortos com fama de santidade.

Aproveitando a Memória de São João Paulo II e este seu desejo de ver crescer a santidade na Terra de Santa Cruz, vamos iniciar uma série de postagens sobre os “Santos do Brasil”. Pretendemos trazer a cada semana o resumo da vida de cada um desses homens, mulheres e crianças são para nós exemplos de seguimento e união a Cristo.

Siga nossas redes sociais pra saber mais e compartilhe para que mais pessoas possam se inspirar nos heróis da fé!


 

21/10/2021

Mais pra você do que pra mim


Os últimos monarcas do Império Austro-Húngaro foram um casal santo: O Beato Carlos da Áustria e a Serva de Deus Zita de Bourbon-Parma.

Na foto de seu noivado o Beato Carlos escreveu para sua amada Zita: “Mais pra você do que pra mim”. É esse o espírito que deve animar os casais católicos.

A vocação ao matrimônio não é uma busca por autorrealização, mas uma doação de vida de um pelo outro, “assim como Cristo amou a Igreja” (Ef 5,25).


 

20/10/2021

Um pretendente sem devoção



Durante a juventude, Santa Joana Francisca de Chantal teve um pretendente muito nobre, com quem se inclinava a contrair matrimônio.

Um dia, pela janela, viu um sacerdote que levava o Santíssimo Sacramento para os enfermos. Viu também que seu pretendente, que estava por ali, não se ajoelhou à passagem do padre. Indignada exclamou: “Não se ajoelhou! Nem sequer tirou o chapéu! Não será jamais meu marido!” E imediatamente rompeu o relacionamento. Se aquele homem tratava com tal frieza o próprio Deus feito Sacramento, trataria melhor sua futura família?

Anos depois, Santa Joana se casou com um bom homem. Depois de viúva se fez religiosa e, junto a São Francisco de Sales, fundou a Ordem da Visitação. Que ela nos ajude a entender que o amor a Deus está acima de todas as coisas e que nossos relacionamentos pessoais devem sempre nos aproximar do Senhor.


 

18/10/2021

São Lucas, primeiro pintor da Virgem.




São Lucas, o Evangelista, foi um homem de cultura excepcional. A Sagrada Escritura nos diz que era médico (Col 4,14) e que acompanhou São Paulo em várias de suas viagens apostólicas.

É provável que não tenha conhecido a Jesus pessoalmente. Ele mesmo diz que seu Evangelho é resultado de uma intensa pesquisa (Lc 1,3), provavelmente com fontes mais antigas e testemunhas oculares dos fatos narrados. Por exemplo, ele fala de coisas da infância do Senhor que só poderiam ser conhecidos por Sua Mãe Santíssima; é de se acreditar que ele tenha “entrevistado” a Virgem Maria.

Mas o que menos gente sabe é que São Lucas também foi artista. Uma antiga tradição nos conta que ele foi o primeiro a pintar um retrato de Nossa Senhora. Todas as imagens mais antigas da Virgem teriam sido inspiradas nesse primeiro ícone pintado por São Lucas.

Hoje muitos interpretam esse “retrato” de forma simbólica, como se fossem as próprias palavras do Evangelho a retratar Maria. Sem dúvida elas retratam, mas não podemos descartar a tradição, acreditada literalmente pelos antigos, de que São Lucas seja verdadeiramente o primeiro pintor da Santíssima Virgem.


 

15/10/2021

Santa Teresa: um coração ferido



Não há dúvida de que Santa Teresa de Jesus (ou de Ávila) é uma das personalidades mais influentes na história da Igreja. Foi responsável pela reforma “descalça” na Ordem Carmelita e é uma das escritoras espirituais mais lidas até hoje, sendo a primeira mulher a receber o título de Doutora da Igreja.

Em sua autobiografia, ela narra uma das maiores experiências místicas que lhe aconteceu: a transverberação.

Ela conta que certa vez viu um pequeno anjo querubim em forma humana. Ele trazia uma espécie de flecha de ouro com a ponta incandescente. Com este dardo ele lhe perfurava o coração de modo que ela era cada vez mais abrasada no amor de Deus.

Ela escreve: “A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus”.

É interessante notar que se a Cruz de Cristo foi o maior ato de seu amor por nós, os santos, em sua união mística com o Crucificado, experimentam uma dor profunda na alma, que por vezes se manifesta também no corpo. É o caso dos estigmatizados como São Francisco ou o Padre Pio, por exemplo. O fato é que essa dor de amor é deliciosa para quem a recebe, embora acarrete sofrimentos.

Depois de ter seu coração transpassado pela flecha do querubim, Santa Teresa alcançou o mais alto grau de perfeição espiritual, o que ela mesma chama de 7ª morada do castelo interior.

Anos depois, quando o corpo da santa foi exumado, se verificou que seu coração apesar de intacto trazia a cicatriz de um ferimento cauterizado. Ela teve seu coração e sua alma literalmente flechados pelo amor divino.


14/10/2021


 
"Mais agrada ao Altíssimo Deus o sacramento da Santa Missa que os méritos de todos os anjos" (São Lourenço Justiniano)


11/10/2021

A Princesa e a coroa da Rainha

 



Os devotos de Nossa Senhora Aparecida são tão diversos quanto o povo brasileiro; entre estes se destacou a Princesa Isabel, herdeira do trono imperial brasileiro e atualmente candidata à beatificação.

Sua Alteza Imperial tinha dificuldades para engravidar, inclusive havia passado por algumas perdas de gestação. Ela se dirigiu então ao santuário como uma simples romeira e implorou à Mãe Aparecida a graça da fecundidade. Pouco tempo depois já teria dado à luz três filhos.

Como pagamento da promessa, a princesa confeccionou o primeiro manto que revestiu a pequena imagem e o ornamentou com suas próprias joias. Mandou fazer também fazer uma réplica, em tamanho reduzido, da coroa que seria usada em sua própria coroação imperial.

Foi Isabel quem assinou a Lei Áurea encerrando definitivamente o terrível período da escravidão negra no Brasil. Ela sabia que estava indo contra os interesses dos poderosos fazendeiros e que possivelmente haveria (como de fato houve) algum tipo de golpe para impedir que ela reinasse. Quando ameaçada de perder o trono por sua luta em favor da abolição, corajosamente afirmou: “Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos”.

O fato é que ao voltar a Aparecida para entregar seus presentes, Isabel deixa também um pequeno bilhete, ainda hoje guardado nos arquivos da Basílica. Nele está escrito em tom profético: “Eu, diante de vós, sou uma princesa da terra, e eu me curvo, pois és a Rainha do Céu. E eu te dou tão pobre presente que seria uma coroa igual a minha, e se eu não me sentar no trono do Brasil, eu rogo que a Senhora se sente por mim e governe perpetuamente o Brasil".

O Trono do Brasil foi dado a Nossa Senhora. Ela é verdadeiramente nossa Rainha! Que Ela reine também em nossos corações e nos leve sempre ao Seu Filho Jesus Cristo, o Rei dos Reis!


08/10/2021

Bispo, Mártir e Doutor!



Há poucos dias publicamos um resumo sobre todos os Doutores da Igreja; nessa postagem falamos que até hoje nenhum mártir foi declarado Doutor. Pois bem, esta realidade está prestes a mudar.

No último dia 07 de outubro o Santo Padre, o Papa Francisco, num encontro com um grupo de trabalhos misto ortodoxo-católico, falou da sua intenção de declarar Doutor da Igreja a Santo Irineu de Lyon, padroeiro do mesmo grupo de trabalho.

Santo Irineu bispo e mártir ainda no século II e é uma testemunha privilegiada da Sucessão Apostólica, pois foi discípulo de São Policarpo que por sua vez havia sido discípulo de São João Evangelista.

O Santo Padre manifestou o desejo de intitulá-lo Doctor Unitatis (Doutor da Unidade), visto que Santo Irineu era oriental, exerceu sua atividade no ocidente e sempre lutou contra as heresias de sua época.

Essa atitude do Santo Padre abre a possibilidade de que outros mártires, que também contribuíram enormemente com a teologia católica, possam ser declarados Doutores da Igreja.

Que Santo Irineu continue intercedendo pela verdadeira unidade dos cristãos!


 

07/10/2021

A história do Santo Rosário

 



A origem do Rosário é muito antiga. Já os primeiros monges do deserto usavam pedrinhas para contar o número de orações vocais que faziam.

Na Idade Média alguns monges eram dispensados da recitação da Liturgia das Horas (Lembremos que então a taxa de analfabetismos era grande). Estes monges recitavam então uma série de Pai-Nossos em substituição dos Salmos. Tal prática passou a ser seguida também pelo povo que queria se unir à oração dos monges, mas não podia ler.

No início do Século XIII a Virgem Maria revelou a São Domingos do Gusmão o seu “saltério”. São Domingos estava dedicado à conversão dos hereges albigenses; um dia a Virgem lhe apareceu e lhe disse: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”

Até então a Ave-Maria era conhecida como Saudação Angélica devido à Anunciação de São Gabriel Arcanjo, por isso nesse momento Nossa Senhora se referiu ao Rosário como “Saltério Angélico”. Mais uma vez as 150 Ave-Marias substituíam a recitação dos 150 Salmos.

Mas essa devoção se esfriou e no Século XV Nossa Senhora apareceu ao Beato Alano da Rocha, e pediu que ele reavivasse a prática. Foi ele que organizou o rosário em seus mistérios de contemplação da vida de Cristo (Gozosos, Dolorosos e Gloriosos).

Em 1571, depois da milagrosa vitória na Batalha de Lepanto contra os invasores turcos, o Papa São Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário, no dia 07 de Outubro. Ele havia mandado que todos os soldados rezassem o rosário antes da difícil batalha.

Em português costumamos chamá-lo de “terço”, pois, de fato, o Rosário era divido em três partes até a criação dos mistérios luminosos. Estes foram criados em 2002 pelo Papa São João Paulo II na carta “Rosarium Virginis Mariae”. Nesses mistérios contemplamos a vida pública de Nosso Senhor.

Esta prática de devoção tem o nome de “Rosário”, pois cada Ave-Maria rezada é como uma rosa que entregamos a Nossa Senhora. Façamos isso. Entreguemos à Virgem Santíssima muitas rosas de devoção e amor! O rosário é um excelente meio de estarmos unidos a Nossa Senhora e, consequentemente a Jesus. Ele é, portanto, um grande meio para nossa santificação!


04/10/2021

Saudação às Virtudes


 

Louvação às Virtudes

Autor: Flávio de Lira

Interprete: Matheus Nachtergaele

 

Em 2001, dentro do programa “Brava Gente”, a TV Globo apresentou um especial baseado no musical “Francisco de Assis” do diretor Ciro Barcelos. Aqui trazemos uma canção interpretada pelo ator Matheus Nachtergaele. Na época o CD da trilha sonora chegou a ser vendido para ajudar a Congregação dos Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento (Toca de Assis).

 

A letra é adaptada de uns versos de São Francisco chamado “Saudação às Virtudes”. Neles, o Pobrezinho de Assis, exalta algumas virtudes, que ganham destaque na espiritualidade franciscana, mas alerta que elas devem ser vividas em sua totalidade.

A seguir deixamos os versos originais e a explicação dada pelo Santo Poverello. Que ele nos ajude a sermos verdadeiramente virtuosos.

 

 

 

Saudação às Virtudes

 

“Ave, rainha sabedoria, o Senhor te salve com tua Irmã, a santa e pura simplicidade!

Senhora santa pobreza, o Senhor te salve com tua Irmã, a santa humildade!

Senhora santa caridade, o Senhor te salve com a tua Irmã, a santa obediência!

Santíssimas virtudes todas, salve-vos o Senhor de quem vindes e procedeis!

 

Não há absolutamente em todo o mundo nenhum homem que possa ter uma de vós se antes não morrer.

Aquele que tem uma e não ofende as outras tem todas. E aquele que ofende uma não tem nenhuma e a todas ofende. E cada uma delas confunde os vícios e pecados.

A santa sabedoria confunde a satanás e todas as suas malícias. A pura e santa simplicidade confunde toda a sabedoria deste mundo e a sabedoria da carne. A santa  pobreza confunde a ganância e a avareza e os cuidados deste mundo. A santa humildade confunde a soberba e todos os homens que há no mundo e igualmente todas as coisas que há no mundo.

A santa caridade confunde todas as tentações diabólicas e carnais e todos os temores da carne. A santa obediência confunde todas as vontades próprias, corporais e carnais, e mantém o corpo mortificado para a obediência ao espírito e ao seu irmão e torna o homem súdito e submisso a todos os homens que há no mundo, e não somente aos homens, mas também  a todos os animais e feras, para que possam fazer dele o que quiserem, tanto quanto lhes for permitido do alto pelo Senhor”. (São Francisco de Assis)


02/10/2021

Oração à Augusta Rainha dos Céus

 


Hoje (02/10) é dia dos Santos Anjos. Esta oração foi revelada por Nossa Senhora ao Beato Luis Eduardo Cestac em 1864. Que a Soberana Rainha dos Anjos envie suas legiões celestiais para nos defender e inspirar!

01/10/2021

O "tudo" de Santa Teresinha


 

Um dia, Leônia, achando-se grande demais para brincar com bonecas trouxe uma cesta cheia de vestidinhos para que sua irmã, Santa Teresinha, ainda bem criança, escolhesse algum que lhe agradasse. A pequena santa, tomando todo o conteúdo para si, diz: “EU ESCOLHO TUDO!”.

Ela mal sabia que esta cena infantil, e até engraçadinha, se tornaria um dos pontos centrais de sua espiritualidade e que essa espiritualidade modelaria boa parte da teologia espiritual contemporânea.

Ela depois dirá sentir em si a vocação de guerreiro, de sacerdote, de apóstolo, de doutor, de mártir... Ela que dirá sentir o desejo de realizar por Jesus todas as obras... Ela que dirá querer percorrer toda a Terra em todos os tempos para anunciar o Evangelho... Entenderá que para viver cada uma dessas coisas, próprias dos diversos membros do Corpo Místico de Cristo, somente SENDO O AMOR, que tudo isso une e realiza.

Anos mais tarde, Santa Teresinha escreverá: “Este pequeno episódio de minha infância é o resumo de toda a minha vida... Então, como nos dias de minha infância exclamei: “MEU DEUS, ESCOLHO TUDO. NÃO QUERO SER SANTA PELA METADE...”.

30/09/2021

São Jerônimo e o Juízo Divino

 


São Jerônimo é considerado o grande Doutor da Igreja que, entre outras obras, traduziu as Sagradas Escrituras para a língua latina. Mas ele nem sempre gostou de ler a Bíblia.

Jerônimo era um intelectual e amava ler os clássicos latinos, principalmente Plauto, Cícero, Virgílio, Sêneca... Diante da grandeza de estilo desses autores ele se entediava ao ler a Sagrada Escritura com seu estilo simples.  Anos depois disse ele com profundo reconhecimento: “como a cegueira dos meus olhos me impedia de ver a luz, atribuía a culpa ao sol, e não aos meus olhos”.

Certa vez São Jerônimo “sonhou” (está mais para uma experiência de êxtase) que comparecia diante do tribunal de Cristo para o seu julgamento:

- Quem és e qual a tua condição? – perguntou o Justo Juiz.

- Sou Jerônimo e sou Cristão. – respondeu com confiança.

- Mentes! Tu és ciceroniano e não cristão; onde está o teu tesouro, aí está teu coração. – e mandou que os anjos o açoitassem.

Ao acordar, São Jerônimo ainda sentia a dor e trazia as marcas das chicotadas nas costas. Escreveu ele: “Daí em diante, dediquei-me ao estudo das leituras divinas como antes não o havia feito com as profanas”.

Que São Jerônimo nos ensine a ter sempre o coração no Céu e nos aprofundarmos no amor às Sagradas Escrituras.

17/09/2021

O que é um Doutor da Igreja?


 

Doutor da Igreja é um santo que se distinguiu por um notório saber teológico e assim contribuiu para o aprofundamento do conhecimento da fé.

 

São necessárias três características para que o santo seja um Doutor da Igreja:

  1. "Importância da doutrina". Não basta que o santo tenha belos escritos, é preciso que esses escritos tenham grande importância para o aprofundamento teológico de toda a Igreja.
  2. "Alto grau de santidade". Por mais importantes que sejam os escritos, a vida do autor tem que refletir a santidade. Escritores como Tertuliano, Orígenes e muitos outros, são importantíssimos, mas jamais serão Doutores da Igreja.
  3. "Proclamação da Igreja". O título de Doutor é dado pela Igreja de modo oficial. Há muitos santos teólogos importantíssimos, mas sem o decreto papal não podem ser chamados de Doutores da Igreja.

 

Até a Idade Média apenas 8 Padres da Igreja eram chamados de Doutores: Os 4 Doutores Latinos:  São Gregório Magno, Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo e os 4 Doutores Orientais: São João Crisóstomo, São Basílio Magno, São Gregório de Nazianzo e Santo Atanásio.

Atualmente a Igreja tem 36 Doutores proclamados.  27 são do ocidente e 9 do oriente; dezoito são bispos, doze são padres, um diácono, três são freiras, uma virgem consagrada. Vinte e seis vieram da Europa, três da África e sete da Ásia.

Até hoje nenhum mártir foi declarado Doutor, embora haja grandes escritores entre eles, talvez porque o martírio já seja a maior de todas as honras para um cristão.

 

Os 36 Doutores da Igreja são:

 

1) Santo Hilário (315-367), Bispo de Poitiers (atual França). Foi chamado de “Atanásio do Ocidente” pois, como seu contemporâneo, lutou conta a heresia do Arianismo; foi apelidado també de “Martelo dos Arianos” .

Foi declarado Doutor em 13/05/1851 pelo Beato Pio IX.

Principais obras: A Trindade, Comentário aos Salmos, Comentário a S. Mateus.

Memória Litúrgica: 13 de Janeiro.

 

2) Santo Atanásio (296-373), Patriarca de Alexandria no Egito. Foi o principal opositor da heresia ariana; chamado de Pai da Ortodoxia.

Foi declarado Doutor em 1568 por São Pio V.

Principais obras: A Encarnação do Verbo; Apologia Contra os Arianos, Vida de Santo Antão.

Memória Litúrgica: 02 de Maio.

 

3) Santo Efrém (306-373), Diácono na Síria. Conhecido como “a Harpa do Espírito Santo” por  suas poesias e hinos litúrgicos.

Declarado Doutor em 5 de outrubro de 1920 Por Bento XV.

Principais obras:  Comentários a Bíblia, Poemas de Nísibe.

Memória Litúrgica: 09 de Junho

 

4) São Basílio Magno (330-379), Bispo de Cesareia na atual Turquia.  É um dos grandes “Padres Capadócios”. Ficou conhecido também por regular o monaquismo no Oriente.

Declarado doutor por São Pio V em 1568.

Principal obra: Tratado do Espírito Santo

Memória Litúrgica: 02 de janeiro

 

5) São Cirilo de Jerusalém (315-386), Patriarca de Jerusalém. Mais um opositor do arianismo.

Foi declarado Doutor da Igreja em 28/07/1882 pelo Papa Leão XIII.

Principal Obra: Catequeses

Memória Litúrgica: 18 de Março

 

6) São Gregório Nazianzeno (329-390), Bispo de Sásima na atual Turquia. No Oriente é conhecido com “o teólogo”.

Declarado Doutor pelo Papa São Pio V em 1568.

Principais obras: Homilias, Cartas, Poemas

Memória Litúrgica: 02 de janeiro

 

7) Santo Ambrósio (340-397),Bispo de Milão na Itália. Um dos 4 doutores latinos originais. Teve muita influencia sobre o Imperador Teodósio e na conversão de Santo Agostinho.

Declarado Doutor da Igreja em 1295 pelo Papa Bonifácio VIII.

Principais obras: Comentário do Evangelho de Lucas, Tratado da Virgindade

Memória Litúrgica: 07 de dezembro

 

8) São João Crisóstomo (347-407), Patriarca de Constantinopla na atual Turquia. Considerado o maior pregador da história da Igreja, que lhe valeu o apelido de “Crisóstomo” que significa “boca de ouro”.

Declarado Doutor da Igreja em 1568 pelo Papa São Pio V.

Principais obras: O Sacerdócio, Homilias, Cartas

Memória Litúrgica: 13 de setembro

 

9) São Jerônimo (347-420), Monge e presbítero, nascido na Dalmácia, atual Croácia. Foi o principal tradutor da Bíblia para o latim comum.

Declarado doutor da Igreja em 1298 por Bonifácio VIII.

Principais obras: Bíblia Vulgata, Cartas, Vida de São Paulo Primeiro Eremita, Dos homens ilustres

Memória Litúrgica: 30 de setembro

 

10) Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona na atual Argélia. É o mais influente dos Padres Latinos. É chamado de “Doctor Gratiae” (Doutor da Graça).

Foi declarado Doutor da Igreja em 1298 pelo Papa Bonifácio VIII.

Principais obras: Confissões; Cidade de Deus; A Trindade; O Livre Arbítrio; Cartas

Memória Litúrgica: 28 de Agosto

 

11) São Cirilo de Alexandria (376-444), Patriarca de Alexandria no Egito. Foi figura central no Concílio de Éfeso que definiu o Dogma da Maternidade Divina de Maria.

Declarado Doutor da Igreja por Leão XIII em 1883.

Principais obras: Comentário de S. João; Contra Nestório; Comentários sobre o Antigo Testamento

Memória Litúrgica: 27 de Junho

 

12) São Pedro Crisólogo (400-450), Bispo de Ravena na Itália. Chamado de “Crisólogo” (Palavra de Ouro” por causa de suas belas homilias.

Proclamado Doutor pelo Papa Bento XIII em 1729.

Principais obras: Homilias

Memória Litúrgica: 30 de julho

 

13) São Leão Magno (400-461), Papa, em Roma. Famoso por ir ao encontro de Átila para dissuadi-lo de invadir Roma. Foi o primeiro a receber o título de “Magno” (o Grande).

Declarado Doutor em 1754 por Bento XIV.

Principais Obras: Homilias; Cartas; Tomo de Leão

Memória Litúrgica: 10 de novembro

 

14) Gregório Magno (540-604), Papa, em Roma. Defendeu a supremacia papal e trabalhou na reforma do clero, da vida monástica e da liturgia. É um dos quatro doutores latinos originais.

Oficialmente declarado doutor em 1298 por Bonifácio VIII.

Principais Obras: Moralia; Diálogos; Regra Pastoral; sermões

Memória Litúrgica: 03 de setembro

 

15) Santo Isidoro de Sevilha (560-636), Arcebispo de Sevilha na Espanha. Colaborou na conversão dos reis visigodos do arianismo ao catolicismo. Foi reconhecido como o homem mais sábio de sua época.

Declarado Doutor da Igreja  pelo Papa Inocêncio XIII em 1722.

Principais obras: Etimologias

Memória Litúrgica: 04 de abril

 

16) São Beda, o Venerável (672-735), Monge e sacerdote na Inglaterra. Considerado o “Pai da História Inglesa”.

Proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII em 1899.

Principais obras: História Eclesiástica dos Anglos, Crônicas, Vidas

Memória Litúrgica: 25 de maio

 

17) São João Damasceno (676-749), Monge e sacerdote  na Síria. Foi um dos maiores defensores da veneração às imagens sacras contra a heresia iconoclasta. Ficou também conhecido como “Doctor Assumptionis” (Doutor da Assunção) por sua obra sobre a Assunção da Virgem.

Foi declarado Doutor da Igreja em 1883 por Leão XIII.

Principais obras: Contra os Iconoclastas; Contra os Nestorianos; Fonte de Sabedoria

Memória Litúrgica: 04 de dezembro

 

18) São Gregório de Narek (951-1003), Monge e sacerdote no Mosteiro de Narek na Armênia. Foi um insigne teólogo e um dos maiores poetas de língua armênia.

Declarado Doutor da Igreja pelo Santo Padre, o Papa Francisco, em 2015.

Principais obras: O Livro de Lamentações, poesias

Memória Litúrgica: 27 de fevereiro

 

19) São Pedro Damião (1007-1072), Cardeal, Itália. Foi monge beneditino e grande reformador da disciplina do clero em sua época.

Declarado Doutor por Leão XII em 1823.

Principais obras: O Livro de Sodoma; Vida de S. Romualdo; Sermões; Sobre a Divina Onipotência

Memória Litúrgica: 21 de fevereiro

 

20) Santo Anselmo (1033-1109), Arcebispo de Canterbury na Inglaterra. Foi monge beneditino e considerado o “pai da filosofia escolástica”.

Declarado Doutor da Igreja em 1720 pelo Papa Clemente XI.

Principais obras: Monologion; Proslogion; A Verdade; Cartas.

Memória Litúrgica: 21 de abril

 

21) São Bernardo (1090-1153), abade de Claraval na França. Foi reformador da Ordem de Cister e pregador da 2ª Cruzada.  É conhecido como “Doutor Melífluo” devido à delicadeza e doçura de seus escritos.

Declarado Doutor da Igreja por Pio VIII em 1830.

Principais obras:  A Graça; Para Eugênio III; Sermões sobre o Cântico dos Cânticos; Regra dos Templários...

Memória Litúrgica: 20 de agosto

 

22) Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), monja beneditina na Alemanha. Apelidada “Sibila do Reno”, foi mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica, poetisa, dramaturga e escritora.  

Declarada Doutora pelo Papa Bento XVI em 2012.

Principais obras: Trilogia Liber scivias Domini, Liber Vitae Meritorum, Liber Divinorum Operum; Symphonia armonie celestium revelationum...

Memória Litúrgica: 17 de setembro

 

23) Santo Antônio de Pádua (1195-1231), sacerdote e frade franciscano em Portugal. Conhecido como “Doutor Evangélico” por suas pregações sobre o Evangelho. Famoso também por seus incontáveis milagres.  

Declarado doutor pelo Ven. Pio XII em 1946

Principal obra: Sermões

Memória Litúrgica: 13 de Junho

 

24) Santo Tomás de Aquino (1225-1274), Sacerdote e frade dominicano na Itália. Conhecido como “Doutor Angélico” por suas explanações sobre os anjos, mas também por sua pureza “angelical”.  Considerado o maior filósofo e teólogo do ocidente, foi, sem dúvida, um dos homens mais inteligentes da história.

Declarado doutor por São Pio V em 1568.

Principais obras:  Suma Teológica; Suma Contra os Gentios; Catena Áurea; Comentário a Aristóteles; comentários bíblicos; sermões

Memória Litúrgica: 28 de janeiro

 

25) São Boaventura (1221-1274), Frade Franciscano e Cardeal na Itália. Conhecido por “Doutor Seráfico”. Foi o sétimo Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores e homem de grande humildade.

Aclamado doutor pelo Papa Sixto V em 1588.

Principais obras: Comentário sobre as sentenças; Brevilóquio; Itinerário da mente para Deus; Saltério à Virgem Maria; Legenda Maior (Vida de S. Francisco)

Memória Litúrgica: 15 de julho

 

26) Santo Alberto Magno (1200-1280), Frade Dominicano e Bispo na Alemanha. Conhecido como “Doutor Universal” devido à abrangência de seus conhecimentos. É o padroeiro das ciências naturais e dos cientistas.

Foi proclamado Doutor da Igreja em 1931 pelo Papa Pio XI.

Principais obras: 38 vol.s sobre Ciências, botânica, geografia, astronomia, mineralogia, zoologia, química,  direito, lógica, filosofia, Teologia...

Memória Litúrgica: 15 de novembro

 

27) Santa Catarina de Sena (1347-1380), Terciária Dominicana na Itália. Lutou arduamente pelo fim do Grande Cisma do Ocidente  e pela paz entre as cidades-estado italianas; ao mesmo tempo vivia uma profunda união mística com Cristo.

Declarada Doutora da Igreja em 03/10/1970 por São Paulo IV

Principais obras: Diálogo da Divina Providência, Cartas

Memória Litúrgica: 29 de Abril

 

28) São João de Ávila (1500-1569), sacerdote diocesano espanhol, conhecido como Apóstolo da Andaluzia.

Aclamado como Doutor pelo Papa Bento XVI em 2012

Principais obras: Audi, filia; Epistolário Espiritual para todos os Estados; O Conhecimento de Si Mesmo; Tratado sobre o Sacerdócio;

Memória Litúrgica: 10 de maio

 

29) Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa Carmelita em Ávila, Espanha. Reformadora da Ordem Carmelita é uma das mais importantes e influentes autoras sobre teologia espiritual e mística.

Foi a primeira mulher a ser proclamada Doutora da Igreja em 1970 pelo Papa Paulo VI.

Principais obras: Livro da Vida; Caminho da Perfeição; Castelo Interior; poesias...

Memória Litúrgica: 15 de outubro

 

30) São João da Cruz (1542-1591), sacerdote e religioso Carmelita na Espanha. Companheiro de Santa Teresa na fundação da Ordem Carmelita Descalça. Conhecido como o “Doutor Místico”.

Aclamado Doutor da Igreja  em 1926 pelo Papa Pio XI.

Principais obras: Cântico Espiritual; Subida do Monte Carmelo; Noite Escura da Alma, Chama de Amor Viva...

Memória litúrgica: 14 de dezembro

 

31) São Pedro Canísio (1521-1597), Padre Jesuíta . Foi um dos maiores líderes da Contrarreforma na Alemanha recebendo os apelidos de “segundo apóstolo da Alemanha”  e “martelo dos hereges”

Proclamado Doutor da Igreja em 1925 por Pio XI

Principais obras: Catecismos

Memória litúrgica: 21 de dezembro

 

32) São Lourenço de Brindisi (1559-1619), sacerdote franciscano capuchinho na Itália. Vigoroso pregador, conhecido por sua brilhante oratória no período pós-reforma. Conhecido como “Doutor Apostólico”

Declarado Doutor por São João XXIII em 1959

Principais obras: Comentário do Gênesis; Sermões

Memória Litúrgica: 21 de julho

 

33) São Roberto Belarmino (1542-1621), Jesuíta e Cardeal.  Foi um dos principais nomes da Contrarreforma católica.

Proclamado Doutor da Igreja por Pio XI em 1931

Principais obras: Disputationes (Controvérsias); A arte de bem morrer, Elevação da mente a Deus; As sete palavras de Cristo na Cruz.

Memória litúrgica: 17 de setembro

 

34) São Francisco De Sales (1567-1622), Bispo de Genebra. Foi sagrado bispo quando a diocese estava sob controle calvinista e trabalhou muito por sua conversão. Com Santa Joana Francisca de Chantal fundou a congregação das Visitandinas. É o padroeiro da imprensa católica.

Foi declarado Doutor da Igreja em 1877 pelo Beato Pio IX.

Principais obras: Introdução à vida devota; Tratado do Amor de Deus

Memória litúrgica: 24 de janeiro

 

35) Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), Bispo e fundador dos Redentoristas. Padroeiro dos moralistas e confessores. Chamado de “Doctor Zelantíssimus”  (doutor zelosíssimo).

Proclamado Doutor em 1871 pelo Beato Pio IX

Principais obras:  A Prática do amor a Jesus Cristo; A oração; As glórias de Maria...

Memória litúrgica: 1 de agosto

 

36) Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), Religiosa Carmelita em  Lisieux, França. É uma das mais populares santas da Igreja. Sua “pequena via” de santificação é importantíssima para a teologia espiritual contemporânea.

Declarada Doutora da Igreja por São João Paulo II em 1997.

Principais obras: História de uma alma, poesias

Memória litúrgica: 1 de outubro