Certo dia em 1873, como
acontecia cotidianamente, uma família veio visitar Nhá Chica, a velhinha com
fama de milagreira da cidade de Baependi, Minas Gerais. Era a rica família do
Conselheiro Pedreira da cidade imperial de Petrópolis, e vinham acompanhados de
um padre.
Os pais estavam aflitos;
sua filha Zélia queria se tornar freira na congregação que o jovem Pe. Siqueira
tencionava fundar. O Conselheiro e sua esposa não queriam dar sua bênção;
queriam que a menina tivesse um bom casamento.
Depois da Missa, para espanto
de todos, Nhá Chica consolou o padre dizendo que devia sim prosseguir com a
fundação da congregação, mas profetizou sobre Zélia: “Esta aqui vai se casar,
terá muitos filhos, mas no fim será toda do Senhor”. Todos aceitaram aquilo
como vontade de Deus manifesta pela boca de sua fiel serva.
De fato o Pe. Siqueira
fundou a Congregação do Amparo em Petrópolis para a educação de meninas pobres.
Hoje está em processo de beatificação.
Zélia se casou com o Dr.
Jerônimo e tiveram 13 filhos, dos quais 4 morreram ainda na infância. Dos 9 que
cresceram os 3 homens se tornaram sacerdotes e as 6 mulheres foram religiosas
em diversas congregações. Depois de viúva Dona Zélia também entrou para um
convento, para ser toda do Senhor. O casal Zélia e Jerônimo são considerados
Servos de Deus e também têm o seu processo de beatificação aberto.
Nhá Chica foi
beatificada em 2013 e só precisa de mais um milagre realizado por sua
intercessão para ser oficialmente declarada santa.
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